Tal como uma amiga minha, gosto da palavra efémero. Não pela sonoridade, mas pelo que ela representa para mim. Estranho??
Acredito que tudo tem um fim, nada é eterno. Tudo tem o seu tempo de vida até ela própria. No entanto é essa efemeridade das coisas que faz com que me sinta obrigado a aproveita-las da melhor forma possível para que quando, inevitavelmente tiverem o seu fim, não fique aquela sensação que alguma coisa ficou por fazer ou dizer. Nem sempre pensei deste modo, e mesmo hoje a tal sensação ainda persiste sempre que algo termina sem que eu esteja á espera...
Porquê?
Tuesday, May 29, 2007
Monday, May 28, 2007
Bernoulli!? Quem??
O ano de caloiro é sempre difícil! Para mim foi incrivel! Teve tanto de bom como de mau, talvez mais de bom, senão decerto que ja não estaria em Faro e os documentos da transferência não teriam ido para o cesto dos papéis! Não me consegui adaptar aos métodos de ensino universitário, se calhar também não quis! È que não é nada facil conciliar saìdas à noite até ás tantas, dia após dia, com as aulas matinais. Física Geral I era uma dessas. Confesso que não era muito assíduo às aulas dessa cadeira, bem ...nem dessa nem de nenhuma, é que no primeiro ano a maioria das aulas são de manha!
E mesmo quando me esforçava acontecia disto. A frequência de Fisica Geral I aproximava-se a passos bem largos. Eu e o meu amigo tentamos estudar, mas sem muito afinco. Chegamos à vespera do teste. Após uma tarde de "descompressão" a jogar snooker no Chasfa (afinal havia que criar o ambiente para irmos estudar), estavamos prontos para "começar" o estudo. E em cima da mesa havia o habitual, caneta, calculadora ( para as cábulas, essencialmente), caderno, comando de televisão e a pedido desse meu amigo, afinal estavamos em casa dele, uma garrafa de martini! Obviamente o estudo não correu conforme aquilo que eu tinha previsto, mas na manhã seguinte ele estava cheio de moral.
O teste não corria bem (nem podia), e eis que surge a questão: "Diga o que sabe acerca da lei de Bernoulli. " Eu claro que não sabia nada, mas mantive uma qualidade que penso que ainda possuo, sinceridade.
Respondi deste modo: " Bernoulli é um fisico cujo nome desconheço, logo é para mim impossivel escrever algo de concreto acerca da sua lei, mas julgo que tenha a ver com forças ou algo do género que agora não me ocorre."
Tive 2 nesse teste, (terá sido pela creatividade?), o meu amigo teve 1.
O primeiro ano é dificil. É, mas parte de cada um fazer com que fique mais fácil e eu acho que não fiz bem tudo o que devia. Demorei algum tempo a perceber isso, mas mais vale tarde que nunca.
É por isso que hoje quando me lembro deste episódio não consigo deixar de esboçar um sorriso!
E mesmo quando me esforçava acontecia disto. A frequência de Fisica Geral I aproximava-se a passos bem largos. Eu e o meu amigo tentamos estudar, mas sem muito afinco. Chegamos à vespera do teste. Após uma tarde de "descompressão" a jogar snooker no Chasfa (afinal havia que criar o ambiente para irmos estudar), estavamos prontos para "começar" o estudo. E em cima da mesa havia o habitual, caneta, calculadora ( para as cábulas, essencialmente), caderno, comando de televisão e a pedido desse meu amigo, afinal estavamos em casa dele, uma garrafa de martini! Obviamente o estudo não correu conforme aquilo que eu tinha previsto, mas na manhã seguinte ele estava cheio de moral.
O teste não corria bem (nem podia), e eis que surge a questão: "Diga o que sabe acerca da lei de Bernoulli. " Eu claro que não sabia nada, mas mantive uma qualidade que penso que ainda possuo, sinceridade.
Respondi deste modo: " Bernoulli é um fisico cujo nome desconheço, logo é para mim impossivel escrever algo de concreto acerca da sua lei, mas julgo que tenha a ver com forças ou algo do género que agora não me ocorre."
Tive 2 nesse teste, (terá sido pela creatividade?), o meu amigo teve 1.
O primeiro ano é dificil. É, mas parte de cada um fazer com que fique mais fácil e eu acho que não fiz bem tudo o que devia. Demorei algum tempo a perceber isso, mas mais vale tarde que nunca.
É por isso que hoje quando me lembro deste episódio não consigo deixar de esboçar um sorriso!
Memórias
Todos os anos por alturas das semanas académicas sou inundado com uma infinita quantidade de fitas das mais diversas cores (parece que tem a ver com o curso) em que tenho que escrever algo bonito em memória daquilo que passamos durante o tempo de estudantes para memória futura. Em primeiro lugar acho que as fitas estão banalizadas uma vez que recebo fitas vindas de pessoas que nada me dizem, com as quais ao longo desses, vá lá 5 anos, pouco convivi e as trocas de palavras se resumiam a um simples "bom dia!". O que deverei escrever nesse caso na fita? Só me ocorre "bom dia".
Mas nem são esses casos que me preocupam, eu entro na onda, escrevo qualquer coisa bonita que tanto se pode destinar a essa pessoa como a outra qualquer, trivialidades portanto. O que me custa é ver pessoas com quem passei grandes momentos, alguns dos quais indiscritiveis, que por mérito próprio posso hoje chamar de amigos, pedirem me que lhes escreva uma fita. Porquê?
Em primeiro lugar aquilo que passamos não se escreve, vive-se como nos fizemos! Numa fita por mais que tente nunca consigo exprimir a importância que esses meus amigos tiveram e continuam a ter na minha vida. Sou daquelas pessoas que acreditam que uma imagem vale mais que mil palavras, e que as que marcam ficam para sempre.
A este argumento respondem invariavelmente que é para recordar mais tarde, "para me lembrar de ti". Pois eu refuto com o argumento que quando mais tarde nos encontrarmos para um café, ninguem vai levar as fitas para se recordarem dos bons (e dos maus, que esse também nos ajudam a crescer!) momentos que passamos. E muito mau seria que fosse necessário recorrer a uma fita para se lembrarem de mim e de tudo o que se passou.
Mas também invariavelmente ano após ano, lá acabo por escrever as fitas, daqueles que não conheço, de alguns colegas e dos meus amigos.
Acabam por ser esses momentos que não consigo descrever e esses sentimentos que não consigo transmitir que ficaram ao longo dos anos que fazem com que não consiga não escrever a fita. Porque foram esses momentos que permitiram que hoje eu os considere meus amigos e por eles eu faço tudo o que for preciso. E eles querem uma fita escrita...seja!
Mas nem são esses casos que me preocupam, eu entro na onda, escrevo qualquer coisa bonita que tanto se pode destinar a essa pessoa como a outra qualquer, trivialidades portanto. O que me custa é ver pessoas com quem passei grandes momentos, alguns dos quais indiscritiveis, que por mérito próprio posso hoje chamar de amigos, pedirem me que lhes escreva uma fita. Porquê?
Em primeiro lugar aquilo que passamos não se escreve, vive-se como nos fizemos! Numa fita por mais que tente nunca consigo exprimir a importância que esses meus amigos tiveram e continuam a ter na minha vida. Sou daquelas pessoas que acreditam que uma imagem vale mais que mil palavras, e que as que marcam ficam para sempre.
A este argumento respondem invariavelmente que é para recordar mais tarde, "para me lembrar de ti". Pois eu refuto com o argumento que quando mais tarde nos encontrarmos para um café, ninguem vai levar as fitas para se recordarem dos bons (e dos maus, que esse também nos ajudam a crescer!) momentos que passamos. E muito mau seria que fosse necessário recorrer a uma fita para se lembrarem de mim e de tudo o que se passou.
Mas também invariavelmente ano após ano, lá acabo por escrever as fitas, daqueles que não conheço, de alguns colegas e dos meus amigos.
Acabam por ser esses momentos que não consigo descrever e esses sentimentos que não consigo transmitir que ficaram ao longo dos anos que fazem com que não consiga não escrever a fita. Porque foram esses momentos que permitiram que hoje eu os considere meus amigos e por eles eu faço tudo o que for preciso. E eles querem uma fita escrita...seja!
Bom Dia!!
Já há algum tempo que isto estava para acontecer e pronto foi hoje! Há inumeras razões pelas quais me decidi finalmente a criar o meu espaço, mas a principal prende-se com o facto deu eu sentir a necessidade de ficar com algo que me permita lembrar das coisas boas e tentar com que o do que de mau se passa ao longo desse longos dias da minha existência contribuam para que os próximos sejam um bocadinho melhores. Para já há que viver um dia de cada vez com esperança que o proximo seja melhor que o anterior....
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