Nunca vivi longe do mar!
Nasci à beira-mar nessa cidade maravilhosa que é Vila do Conde. Fui para o Funchal ainda novo, e numa ilha é impossivel não reparar nele. Voltei para Vila do Conde e quando chegou a hora de sair de casa Faro acolheu-me, com o mar sempre no horizonte.
Habituei-me a olhar para ele ao acordar, ao cheiro e ao barulho das ondas.
Hoje no carro a caminho da praia, dei comigo a recordar os verões que passei na praia em Vila do Conde.
Primeiro eram os jogos de futebol intermináveis que acabavam com muito suor, dores nas canelas (sim porque sempre fui de jogar durinho...), muita areia no corpo e um mergulho no mar que apagava todo o cansaço!
Depois veio a maluqueira do skimming (vicio que recuperei recentemente).
Era de manhã á noite literalmente. Só saíamos da praia quando já não nos víamos uns aos outros, ou já não víamos a bola! O jantar nesses meses era sempre atrasado, para desepero dos meus pais!
Vivi também paixões, na maioria das vezes incompreendidas a que seguiam os desgostos impossiveis de ultrapassar. Tudo com o mar como pano de fundo.
Foram Verões inteiros passados na praia, e que verões!
Apercebi-me hoje que muitas das minhas melhores recordações da infância e adolescência foram passadas à beira-mar.
É por tudo isto e muito mais que não consigo passar muito tempo sem ver o mar. Mais que um vício tornou-se uma necessidade! Pode ser um lugar comum, mas é a verdade.
Sempre que posso depois do trabalho passo pela praia, tiro a prancha do carro e dou uns tombos, um mergulho e venho-me embora ao pôr-do-sol, com um sorriso nos lábios!
E ainda dizem que tudo na vida tem preço!
O futuro que se avizinha, pela primeira vez na minha vida não o inclui. Por ora há que aproveitar o melhor que posso, na certeza que mais cedo ou mais tarde vou acordar e ouvir o barulho das ondas, respirar a brisa e dar um mergulho e rejuvenescer!
As memórias, essas vão comigo para onde for!
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